(até militantes LGB estão rejeitando o transgenerismo)
Diz o Catecismo da Igreja Católica:
Os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados (Catecismo 2357).
O Catecismo cita que tais atos, que constituíam “o pecado dos sodomitas” (habitantes de Sodoma), estão entre aqueles pecados que “bradam ao céu” (cf. Catecismo 1867).
A misericórdia e a solicitude pastoral que devemos ter com as pessoas que sentem atração pelo mesmo sexo jamais podem ser confundidas com a aprovação dos atos homossexuais.
São dignos de louvor grupos como o “Courage”, de pessoas que sentem atração pelo mesmo sexo e se comprometem a lutar pela castidade[1]. Infelizmente os militantes que usam a sigla LGBT defendem não a prática da castidade, mas o reconhecimento do “direito” à prática de atos homossexuais, como se derivassem de uma autêntica “orientação sexual”.
Ora, a palavra orientação vem de “oriente” e é genuinamente cristã. Os pagãos usariam nortear-se (de “norte”) em vez de orientar-se (de “oriente”). É do oriente que nasce Cristo, o sol da justiça que nos veio visitar (cf. Lc 1,78; Ml 3,20). A atração e a complementaridade mútuas e fecundas entre duas pessoas de sexo oposto constituem a orientação sexual querida por Deus e inscrita na natureza. Entre duas pessoas do mesmo sexo não há autêntica orientação e sim desorientação sexual.
LGB sem T
A ideologia de gênero não se contenta em defender o direito de homens e mulheres pecarem contra natureza. Ela afirma que o conceito de “homem” ou “mulher” que cada um faz de si mesmo nada tem a ver com o sexo biológico. Em nome da “identidade de gênero”, um homem poderia declarar ser mulher, e uma mulher poderia declarar ser homem. E a sociedade deveria curvar-se a essa “percepção de si mesmo”, permitindo que um homem que se sentisse “mulher” usasse o banheiro feminino, competisse com mulheres nos jogos desportivos e até fizesse uma cirurgia de “redesignação sexual” para adequar seu corpo ao seu pensamento. Do mesmo modo, uma mulher que se sentisse “homem” poderia usar um nome masculino (“nome social”) e receber hormônios para estimular o crescimento de pelos e o engrossamento da voz. A obstinação em tratar um “transgênero” pelo seu sexo biológico e a recusa em usar nomes ou pronomes da preferência dele poderiam constituir um preconceito chamado “transfobia”.
A absurdidade da ideologia acima é tamanha que até militantes homossexuais se rebelaram contra ela. No dia 19 de setembro de 2025, a organização LGB Internacional declarou sua independência[2] do movimento LGBTQIA+, que defende o transgenerismo e outras formas de “identidade de gênero”. Eis como a organização se apresenta:
LGB Internacional é uma federação de organizações nacionais de lésbicas, gays e bissexuais. Desde que a LGB Alliance começou no Reino Unido em 2019, surgiram grupos em uma variedade de países, reconstruindo um movimento para pessoas LGB que não subscrevem a ideologia de gênero
[…]
Defendemos o direito de adultos e jovens amadurecerem, desenvolverem e explorarem sua sexualidade e personalidades sem a ideologia da identidade de gênero. Crianças devem ser protegidas contra tratamentos médicos de transição. Combatemos a nociva má informação e desinformação sobre a ideologia da identidade de gênero, que atinge particularmente lésbicas, gays e bissexuais[3].
Enquanto isso, no Brasil
Segundo matéria divulgada pelo jornal Gazeta do Povo[4], o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) emitiu um despacho em 08/08/2025 assegurando o livre acesso a banheiros e vestiários dos prédios do Poder Judiciário “em compatibilidade com o gênero de identificação” e “com vestimenta compatível com o gênero de identificação”.
Na prática, isso significa que homens podem entrar no banheiro feminino, com a única condição de que declarem ser mulheres. E as usuárias devem suportar tal intrusão, a menos que aceitem ser acusadas de preconceituosas contra a identidade de gênero do invasor.
Anápolis, 10 de outubro de 2025.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Vice-presidente do Pró-Vida de Anápolis.
[1] https://couragebrasil.com/visao-geral-e-missao
[2] https://x.com/lgbinternationl/status/1969190088564252972
[3] https://www.lgbinternational.org/
[4] https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/cnj-intima-tribunais-para-garantir-uso-de-banheiro-com-base-na-identidade-de-genero/
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