Coração Imaculado de Maria,
livrai-nos da maldição do aborto!

(um remédio pior do que o outro)

A história de duas jovens costarriquenhas, Elizabeth e Karol, desmascara o mito de que o aborto serve para aliviar o trauma causado pelo estupro. A história da primeira é linda. A da segunda é muito triste. Mas todas convergem em um ponto: não há nada de pior que se possa oferecer a uma mulher grávida em razão de um estupro do que a opção de abortar a criança.

O texto a seguir foi traduzido do espanhol de uma postagem do blog”Salvar el 1”, postada em 11 de abril de 2016.

Sei como é horrível o estupro, mas abortar não ajudará a ninguém[1]

Elizabeth Dias Navarro

Elizabeth e GaudySou Elizabeth e vivo na Costa Rica. Estando na Universidade, sofri um estupro e fiquei grávida de uma lindíssima menina que quis abortar porque, claro, eu, uma jovem que me cuidava, uma moça tranquila, não merecia ser mãe solteira. Não, eu tinha que abortar. Mas um dia, chorando pela minha situação, minha filha, minha pequenina (naquele momento não sabia se seria um homem ou uma mulherzinha) começou a mover-se. Então decidi receber terapia e disse a mim mesma:”Ok, eu a darei em adoção, não tenho que carregar uma criança que não pedi”.

Passaram os meses e já sabia, então, que seria menina. Era confuso, porque eu a odiava e a amava ao mesmo tempo. Como amar algo de um ato tão ruim? Passaram os dias e nasceu minha princesa. Desde pequena, sempre que brincava de casinha com minhas irmãs e amigas, dizia:”Quando tiver uma filha, ela se chamará Gaudy”.

Em 19 de fevereiro nasceu a tão questionada bebê; e para complicar tudo, foi por cesárea. Quando acordei da cirurgia, Deus colocou umas maravilhosas enfermeiras que com amor me diziam:”Veja que menina tão linda”. E assim conheci minha filha. Sim, essa pelotinha que sorria quando lhe falava, essa que”arruinou”a vida… essa..”Essa”, como a chamava em meu interior.

Quando fui vê-la no berçário, porque nasceu doentinha, essa que não merecia nada de mim, presenteava-me com seu sorriso, olhava-me com olhinhos de amor. Sim, essa bebê roubou o meu coração. Graças a minha psicóloga e a todos os que me ajudaram, sou feliz, sobrevivi e dou graças a Deus porque tenho o melhor presente que a vida me pôde dar: minha filha. É meu tudo, minha princesa.

Já passaram nove anos desde a sua chegada e graças a isso sou uma mulher mais humana, forte e feliz. E sei que o aborto teria piorado minha situação, já que não posso ter mais filhos e ela é minha bênção. Nunca o aborto é uma solução. Obrigada, filhinha. Tu fazes da minha vida um lugar cheio de amor e esperança.

O ato tão ruim que supõe um estupro não se pode sanar com outro tão doloroso quanto o primeiro. Abortar nunca ajudará a vítima de um estupro a superar o trauma; e piora a situação.

No mesmo dia em que me ultrajaram também estupraram uma amiga, e ela decidiu abortar. Primeiro pensou que tudo iria bem. Mas nos encontramos em São José[2], em um parque. Era dezembro e meu bebê tinha dez meses. Quando nos vimos, choramos muito. Logo viu a minha filha e só me disse como deveria ser a carinha da sua. Porque não deixava de sentir-se uma assassina. Sabia que sua filhinha não tinha culpa, mas havia compreendido isso muito tarde e ninguém a quis ajudar. Todos diziam que abortasse aquele bastardo filho do horror, filho de um maldito. Dizia-me:”Eli, como te invejo porque eu jamais saberei como poderia ser…”

Meses depois, passei a visitá-la pela sua casa e Karol (assim se chamava minha amiga) tinha-se suicidado. Sua mãe me disse que nunca voltou a ser igual e que o aborto a derrotou. Recordo minha amiga como uma moça bela e especial.

Não se precisa de”carniceiros”, mas de apoio psicológico, emocional; profissionais que nos ajudem e não pessoas que agravem o problema. Oxalá todas as mulheres tivessem a oportunidade de ser apoiadas para defender a vida de quem não se pode defender. Aquelas crianças não têm culpa.

Não quero julgar. Sei como isso é horrível, mas abortar nunca ajudará a ninguém. Em meu país não temos exército, porque não cremos que a violência solucione mais violência. No entanto, há delinquentes e maldade, mas fui criada com a certeza de que maldade com maldade jamais ajudará a ninguém. Mas se, pelo contrário, dás amor, crê-me, isso dará frutos. O estupro me marcou como mulher, mas esse”homem”não me pode causar mais dano. Não tem esse poder. No dia de hoje sou mãe de uma bênção. Com terapia, o amor de minha bebê e muita ajuda, sou feliz, isso eu garanto. E não imagino como seria minha vida sem ela.

* * *

Anápolis, 9 de junho de 2017.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis

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