Coração Imaculado de Maria,
livrai-nos da maldição do aborto!

Se alguém visitar os gabinetes dos deputados do Congresso Nacional, encontrará em algum deles ( o de número 585 ) a inscrição Padre Roque.

Quem é “Padre Roque”? É um deputado do Paraná pertencente ao PT.

Quem olha para o título pensa: “Ali está um padre“. E o que pensam de um padre? Um sacerdote ordenado pela Santa Igreja Católica, obediente a Deus e a seus representantes na terra: o bispo e o Papa.

É aí que o visitante se engana. Por trás do título de padre está um deputado abortista, um dos maiores inimigos do direito à vida humana “desde a sua concepção”, como pretendia a Proposta de Emenda Constitucional 25A/95, do Deputado Severino Cavalcanti.

Esta afirmação é quase inacreditável, mas eu ouvi as declarações antivida do deputado com os meus ouvidos que a terra há de comer (e que um dia hão de ressuscitar ).

É claro que ele usa de uma retórica invejável. Começa por dizer que em tese é contra o aborto. Mas (cuidado com este mas!), na prática, na realidade, diante de um fato, de um caso concreto de aborto, seu pensamento muda. Seu desejo não é apenas acolher a mulher que abortou (como a Igreja sempre acolheu após o arrependimento), mas o aborto em si. Sob o pretexto de compaixão pelo pecador, ele chega a defender o pecado. E assim ataca um projeto que viria a proibir o pecado, garantindo o direito à vida intra-uterina. Um pequeno parêntese: se a mãe dele tivesse pensado como ele…

Ora, o que o Padre Roque fala está longe de ser digno de um padre. Ele próprio explica-se declarando que não fala em nome da Igreja, mas como deputado. E admite que a Doutrina da Igreja é completamente diferente.

Agora cabe aqui uma pergunta: por que antepor ao nome Roque o título padre? Por que não apresentar-se simplesmente como “Roque Zimmermann”? Na sua ficha biográfica do Congresso não figura a data de sua ordenação nem a diocese ou congregação a que pertence. Descobri estes dados consultando o Anuário Católico de 1993: Padre Roque Zimmermann foi ordenado em 17/12/1966 e pertence à Congregação dos Missionários da Sagrada Família. No Congresso sua profissão não é apresentada como sacerdote, mas simplesmente “professor” ou “professor e teólogo”.

Se ele faz tanta questão de ocultar sua identidade sacerdotal em sua ficha biográfica, por que então ostentar o título de padre ? Não seria coerente apresentar-se como um simples Roque Zimmermann, desligado da Igreja que ele ataca?

O resultado deste contra-senso é deplorável: o povo ouve-o como padre e engole suas teses como vindas da Igreja. Ou pelo menos pensa que há uma Igreja que admite sacerdotes antivida em seu clero.

Roque, Roque, quando é que vais deixar de dilacerar a Igreja de Cristo?

Anápolis, 11 de janeiro de 1996.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

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